terça-feira, 8 de setembro de 2009

Trailer do Documentário " A casa dos mortos"

A casa dos Mortos

Confiram o documentário completo.

http://www.youtube.com/watch?v=FLuZVLojKJw

Site do documentário "A Casa dos Mortos"

Pessoal, encontramos o site do documentário "A Casa dos Mortos". Para saber mais, entre lá! No site você ainda pode assistir o trailler e também o documentário completo.
O link é www.acasadosmortos.org.br.

Documentário "A Casa dos Mortos"


Pessoal, achamos esta notícia no site do CRP (Conselho Regional de Psicologia) sobre o documentário "A Casa dos Mortos" que mostra a realidade das intituições psiquiátricas. Tentaremos achar mais informações sobre este documentário e postaremos futuramente aqui. Mas de início, leia esta reportagem que é bem interessante. Lembrando que na verdade esta é uma reportagem do Correio Braziliense.


Os problemas das instituições psiquiátricas

"Três caminhos estão reservados aos doentes mentais que cometem crimes no Brasil: Ciclos intermináveis de internações, suicídio ou a sobrevivência em prisão perpétua. Jaime, Antônio e Almerindo, contam a realidade macabra dos manicômios judiciários do país. São os protagonistas do documentário A casa dos mortos, que foi lançado em Brasília no dia 24 de abril, durante o festival É Tudo Verdade. O filme de 24 minutos é narrado pela voz de Babu, um escritor com 12 internações em manicômios, que recita um poema de autoria própria.

Mortos fisicamente pelas condições desumanas a que são submetidos, ou defuntos sociais, quando conseguem sobreviver lá dentro, perdem qualquer vínculo com o mundo exterior. Cerca de 4.500 pessoas estão abrigadas nos manicômios judiciários no país.

A antropóloga Débora Diniz, diretora do documentário, ressalta que os manicômios são o grande desafio da reforma psiquiátrica brasileira, que completa oito anos em 2009. Uma das grandes polêmicas é quem deve se responsabilizar pelos doentes mentais infratores.

Na avaliação de Débora, transferir a responsabilidade do tratamento à área de saúde é uma das tentativas interessantes para mudar a realidade dos manicômios judiciários.

A falta de tratamento adequado, de terapias, atividades de cunho social e trabalho de incentivo à reaproximação familiar levam, inevitavelmente, à instituição não-oficial de algo proibido pela Constituição, ou seja, apesar de ser proibido, virou uma norma. "


Saúde Mental - Um breve histórico

Pessoal, encontramos no Portal da Saúde, do Ministério da Saúde, um artigo bem interessante, com um breve histórico sobre a Saúde Mental no Brasil, alguns dados e resumo sobre a reforma psiquiátrica. Não deixe de ler e comentar!

Política Nacional de Saúde Mental

"BREVE HISTÓRICO
A internação de pessoas portadoras de transtornos mentais no Brasil remonta à metade do Século XIX. Desde então, atenção aos portadores de transtornos mentais foi quase sinônimo de internação em hospitais psiquiátricos especializados.
Cabe ressaltar ainda que a oferta desse atendimento hospitalar concentrou-se nos centros de maior desenvolvimento econômico do país, deixando vastas regiões carentes de qualquer recurso de assistência em saúde mental.
A partir dos anos 70, têm início experiências de transformação da assistência, pautadas no começo pela reforma intramuros das instituições psiquiátricas (comunidades terapêuticas) e mais tarde pela proposição de um modelo centrado na comunidade e substitutivo ao modelo do hospital especializado.
Com a proclamação da Constituição, em 1988, cria-se o Sistema Único de Saúde (SUS) e são estabelecidas as condições institucionais para a implantação de novas políticas de saúde, entre as quais a de saúde mental.
Consoante com diversas experiências de reforma da assistência psiquiátrica no mundo ocidental, e as recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) contidas na Carta de Caracas (1990), o Ministério da Saúde, a partir da década passada, define uma nova política de saúde mental que redireciona paulatinamente os recursos da assistência psiquiátrica para um modelo substitutivo de base comunitária. Incentiva-se a criação de serviços em saúde mental de atenção comunitária, pública, de base territorial, ao mesmo tempo em que se determina a implantação de critérios mínimos de adequação e humanização do parque hospitalar especializado.

O QUE É A REFORMA PSIQUIÁTRICA?
É a ampla mudança do atendimento público em Saúde Mental, garantindo o acesso da população aos serviços e o respeito a seus direitos e liberdade;
É amparada pela lei 10.216/2001, conquista de uma luta social que durou 12 anos;
Significa a mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio na família e na comunidade;
O atendimento é feito em Caps - Centros de Atenção Psicossocial -, Residências Terapêuticas, Ambulatórios, Hospitais Gerais, Centros de Convivência;
As internações, quando necessárias, são feitas em hospitais gerais ou nos Caps/24 horas. Os hospitais psiquiátricos de grande porte vão sendo progressivamente substituídos.

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL
O Governo brasileiro tem como objetivo reduzir progressivamente os leitos psiquiátricos, qualificar, expandir e fortalecer a rede extra-hospitalar - Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) e Unidades Psiquiátricas em Hospitais Gerais (UPHG) - incluir as ações da saúde mental na atenção básica, implementar uma política de atenção integral a usuários de álcool e outras drogas, implantar o programa "De Volta Para Casa", manter um programa permanente de formação de recursos humanos para reforma psiquiátrica, promover direitos de usuários e familiares incentivando a participação no cuidado, garantir tratamento digno e de qualidade ao louco infrator (superando o modelo de assistência centrado no Manicômio Judiciário) e avaliar continuamente todos os hospitais psiquiátricos por meio do Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares - PNASH/ Psiquiatria.

CENÁRIO ATUAL
Tendência de reversão do modelo hospitalar para uma ampliação significativa da rede extra-hospitalar, de base comunitária;
Entendimento das questões de álcool e outras drogas como problema de saúde pública e como prioridade no atual governo;
Ratificação das diretrizes do SUS pela Lei Federal 10.216/01 e III Conferência Nacional de Saúde Mental;

DADOS IMPORTANTES
3% da população geral sofre com transtornos mentais severos e persistentes;
6% da população apresente transtornos psiquiátricos graves decorrentes douso de álcool e outras drogas;
12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental, seja ele contínuo ou eventual;
2,3% do orçamento anual do SUS para a Saúde Mental.

DESAFIOS
Fortalecer políticas de saúde voltadas para grupos de pessoas com transtornos mentais de alta prevalência e baixa cobertura assistencial;
Consolidar e ampliar uma rede de atenção de base comunitária e territorial, promotora da reintegração social e da cidadania;
Implementar uma política de saúde mental eficaz no atendimento às pessoas que sofrem com a crise social, a violência e desemprego;
Aumentar recursos do orçamento anual do SUS para a Saúde Mental. "

Fonte: Portal da Saúde